Siga nas Redes Sociais

Olá, o que procuras?

Manaus,

Dia a Dia

Embaixador da Irlanda no Brasil visita abrigos de Manaus e instalações da operação Acolhida para refugiados

À tarde, o representante da Irlanda visitou dois espaços de acolhimento provisório da Prefeitura de Manaus

Da Redação 

Ao longo da quinta-feira, (11), uma comitiva da Prefeitura de Manaus acompanhou a visita do embaixador da Irlanda no Brasil, Sean Hoy, aos espaços de acolhimento provisório administrados pela Secretaria Municipal da Mulher, Assistência Social e Cidadania (Semasc), além das instalações da operação Acolhida, coordenada pelo Ministério da Defesa.

Para a secretária da Semasc, Conceição Sampaio, a presença da operação Acolhida é a certeza que o governo federal está na capital, para desenvolver um trabalho similar ao realizado em Roraima. Enquanto que a visita do embaixador significa união de esforços para resguardar a vida dos refugiados.

“O mundo precisa de atitudes, pois exatamente como temos um país como a Venezuela, ainda sofrendo uma crise econômica, social e política, necessitamos de parcerias e apoio. A chegada da operação Acolhida é muito importante, porque todos os dias, chegam mais venezuelanos e precisamos da presença do governo federal e de outros países. A presença da operação é a certeza que o governo federal veio aqui para desenvolver o mesmo trabalho feito em Roraima”, declarou a secretária.

A primeira parada da visita foi no prédio onde funcionará uma parte da operação Acolhida, em Manaus. O espaço é o antigo prédio da Secretaria de Estado de Administração (Sead), na avenida Mário Ypiranga Monteiro, Parque 10 de Novembro, zona Centro-Sul. O local contará com restaurante, call center, depósito de doações e salas para órgãos da Prefeitura de Manaus, governo do Estado, agências da Organização das Nações Unidas (ONU) e o Exército.

De acordo com o responsável pela célula da operação na capital, coronel José Jacaúna, os trabalhos se concentram no planejamento e reconhecimento, uma vez que os projetos estão prontos e dependem da liberação dos recursos para o início das obras. Por enquanto, a operação conta com parcerias da Prefeitura de Manaus, governo do Estado, organizações da sociedade civil e agências da ONU.

“Começamos com as atividades de maneira improvisada. Há alguns espaços que já estão funcionando com pouco recurso. Temos guarda-volumes, estamos construindo um espaço de banho, local para lavar roupas, refeitório, entre outros. O apoio da prefeitura e de todos os envolvidos é fundamental”, destacou o coronel.

Questionado sobre uma data para oficialização da operação Acolhida em Manaus, o coronel Jacaúna informou que depende da autorização do governo federal.

“Só temos a autorização para planejamento e reconhecimento, mas a operação já está oferecendo bastante coisa. Quando o governo federal se posicionar, os trabalhos começam oficialmente”, explicou o coronel.

Durante a visita, o embaixador da Irlanda no Brasil, Seán Hoy, após conhecer o projeto da operação Acolhida em uma apresentação feita pelo Exército, também conheceu a realidade dos refugiados acampados na rodoviária, além da construção de espaços no local para banho, lavagem de roupa, refeitório, posto de atendimento em construção pelo Exército.

Há também um espaço de atividades recreativas para crianças do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) que assiste crianças refugiadas acampadas na rodoviária.

“Estamos aqui na rodoviária, percebemos que há muitas crianças que precisavam ser protegidas, enquanto seus pais vão trabalhar ou fazer alguma atividade. Criamos o espaço com atividades lúdicas e de educação. Temos monitores que acompanham essas crianças, aprendendo o português e sobre os direitos como saúde, educação e proteção. O espaço é temporário, pois não ficarão aqui por muito tempo”, explicou a oficial de Adolescente do Unicef, Joana Fontoura.

Vista aos Abrigos

À tarde, o representante da Irlanda visitou dois espaços de acolhimento provisório da Prefeitura de Manaus. O acolhimento do centro da cidade, destinado a indígenas venezuelanos warao, que acolhe 97 indígenas, além do espaço do bairro do Coroado para venezuelanos não indígenas, com quantitativo de 175 refugiados.

Para o embaixador, que esteve reunido com o prefeito Arthur Virgílio Neto e a primeira-dama Elisabeth Valeiko, nesta quarta-feira, 10, para falar sobre a problemática da imigração e do trabalho desenvolvido pelo Executivo municipal, as parcerias que estão sendo formadas para resolver os problemas são fortes.

“Estou aqui representando a Irlanda, pois, essa não é somente uma crise dos venezuelanos no Brasil. É uma crise que envolve toda comunidade internacional. Toda a comunidade internacional tem um papel importante nessa crise, e estamos aqui para ajudar. Eu visitei Pacaraima e Boa Vista (Roraima) e conheci todo o trabalho que o Exército desenvolve nesses locais, agora vimos para conhecer o trabalho que está sendo feito em Manaus”, frisou.

Ele também revelou que retornará em breve à cidade. “Estarei de volta a Manaus em outubro. Entendemos que as pessoas buscam esperança no Brasil e é isso que irão encontrar aqui”, declarou Seán Hoy.

Clique para comentar

Envie seu comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *