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Família invade delegacia, tira estuprador, esquarteja e queima o corpo em via pública

Na noite de sexta-feira (17), várias pessoas de uma mesma família, invadiram a delegacia para fazer justiça com às próprias mãos pela morte de uma criança.

Da redação 

As cenas de uma “justiça feita pelas próprias mãos” de uma família que perdeu uma criança de 10 anos, vítima de um estupro e morta pelo companheiro da própria mãe, em Fonte Boa (município 677 quilômetros da capital do Amazonas, Manaus), chocaram por sua brutalidade.

Na noite dessa sexta-feira (17), várias pessoas de uma mesma família, invadiram uma pequena delegacia do município de Fonte Boa, com o objetivo de fazer justiça com às próprias mãos pela morte da criança Elcleciane Nascimento Duarte, 10. Ela foi encontrada morta, debaixo de uma cama, na casa de Ronald Gomes Borges, 28 anos, companheiro da mãe da criança e considerado suspeito do crime.

De acordo com o investigador Mário Alves, gestor da 55ª Delegacia Interativa de Polícia (DIP) de Fonte de Boa, o crime, que vitimou Elcleciane Nascimento Duarte, ocorreu na tarde de quinta-feira (16), por volta das 14h, na casa Ronald, situada na rua Oito, Belarmino Lins, em Fonte Boa.

Conforme o investigador, a vítima costumava ir à casa do indivíduo ajudar a fazer bolos e biscoitos com a companheira dele, para venderem na cidade. “No dia do crime, a menina estava com o suspeito na residência, momento em que Ronald a levou para um quarto e ofereceu R$ 40 para que ela mantivesse relação sexual com ele. A vítima não aceitou e tentou fugir, então o homem a pegou pelo braço e a estuprou”, disse Mário Alves.

Segundo Alves, após o estupro, Ronald aplicou um golpe chamado “Mata-leão” (golpe de estrangulamento usado nas artes marciais japonesas) na criança, que ficou desfalecida. “Então, o suspeito pegou uma corda e a asfixiou novamente, momento em que ela veio a óbito no local. O infrator deixou o corpo da vítima embaixo da cama, e por volta das 19h a companheira do homem entrou no quarto e encontrou o corpo da criança”, disse o investigador.

O investigador explicou que esse não teria sido o primeiro crime cometido por Ronald. Durante procedimentos na DIP, foi verificado que existe um mandado de prisão, em aberto, em nome do infrator, expedido no dia 22 de agosto de 2019, também por estupro, que ocorreu em 2017.

Acusado

De acordo com as investigações policiais, em junho de 2017, Ronaldo e outros dois suspeitos, Douglas Carvalho Oliveira, de 22 anos, e Paulo Henrique Tomaz, de 20, roubaram e estupraram uma adolescente de 15 anos, dentro do Parque Estadual Sumaúma, no bairro da Cidade Nova, Zona Norte de Manaus.

Ameaças

A companheira de Ronald, mãe da pequena Elcleciane Nascimento, sofreu ameaças do suspeito, segundo o gestor da 55ª DIP, porém acabou contando para os familiares da menina, que acionaram a Polícia Militar. “Na ocasião, o infrator empreendeu fuga, e por volta das 21h30, ele foi encontrado pelos policiais militares em um lugar de mata, naquela cidade. Ronald foi levado para a unidade policial, onde foi preso em flagrante por estupro seguido de morte e ocultação de cadáver”, disse o investigador.

O investigador explicou que o homem estava custodiado na carceragem da delegacia para ser transferido para a capital, onde ia ficar à disposição da Justiça, quando a delegacia foi invadida.

Ação

A Secretaria de Segurança Pública (SSP-AM) informou que foram enviados reforços da PM de Tefé e Jutaí para a cidade de Fonte Boa, na sexta-feira, na tentativa de conter o tumulto que estava ocorrendo nas proximidades da Delegacia em decorrência da prisão do homem suspeito de estuprar e matar a criança.

“Durante o ataque criminoso praticado por dezenas de pessoas, o suspeito foi linchado, esquartejado e queimado, e a unidade policial foi depredada, assim como três viaturas foram incendiadas”, disse o investigador.

Conforme a secretaria de segurança, na manhã deste sábado (18), policiais civis e Militares de Manaus estão sendo enviados, de Manaus, de avião para ações de localização e prisão dos autores do crime. O reforço conta com mais de 40 policiais militares e civis.

Justiça

De acordo com artigo 345 do Código Pena Brasileiro, “fazer justiça pelas próprias mãos, para satisfazer pretensão, embora legítima, salvo quando a lei o permite. Pena – detenção, de quinze dias a um mês, ou multa, além da pena correspondente à violência”.

 

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