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Governo demite diretor do Inpe que tinha mandato; Celso de Mello critica Bolsonaro.

A exoneração do diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Ricardo Galvão, por causa dos desentendimentos sobre os números do desmatamento no Brasil ganha destaque nos principais jornais do país.

Do G1

O Globo destaca que Ricardo Galvão entrou no gabinete do ministro Marcos Pontes (Ciência e Tecnologia) na manhã desta sexta-feira (2) decidido a não deixar seu cargo, mas saiu da sala uma hora depois com sua exoneração confirmada.

Segundo o matutino carioca, a decisão sobre a saída de Galvão põe fim a um cabo de guerra travado nos últimos dias entre o ex-diretor, o presidente Jair Bolsonaro e alguns ministros do governo sobre o avanço do desmatamento divulgado pelo Inpe.

Agora, especialistas temem que haja censura nos dados sobre o desmatamento no país. O Globo lembra que, na última semana, Bolsonaro contestou os números divulgados pelo Inpe e insinuou que Galvão poderia estar “a serviço de uma ONG”.

O ex-diretor revidou e afirmou que o presidente tomou uma atitude “pusilânime e covarde”. “Saída de diretor do Inpe agrava crise ambiental”, informa a manchete do Globo.

Ataques de Bolsonaro sobre dados do desmatamento culminam em exoneração do diretor do Inpe

Ataques de Bolsonaro sobre dados do desmatamento culminam em exoneração do diretor do Inpe

A Folha de S.Paulo também dá destaque ao assunto e aponta que, segundo Ricardo Galvão, a sua exoneração foi motivada por críticas ao presidente. A jornalistas, o ex-diretor do Inpe afirmou que suas palavras sobre Bolsonaro criaram um constrangimento insustentável e, por isso, sua saída foi definida. “Diante da maneira como eu me manifestei com relação ao presidente, criou um constrangimento, ficou insustentável e eu serei exonerado”, disse ele.

A Folha explica que o mandato de Galvão à frente do Inpe iria até 2020 e, apesar de algumas entidades de cientistas afirmarem que a saída era esperada, confessaram que o episódio causou espanto. “Bolsonaro exonera diretor do Inpe após troca de críticas”, destaca o título principal da Folha.

O Estado de S.Paulo evidencia, em sua primeira página, entrevista com o ministro do Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), e dá ênfase às declarações do decano sobre o presidente Jair Bolsonaro e o impasse envolvendo a demarcação de terras indígenas no Brasil.

Questionado sobre a decisão do presidente de reeditar uma Medida Provisória transferindo a demarcação para o Ministério da Agricultura, mesmo depois da rejeição do Congresso ao tema, Celso de Mello declarou que Bolsonaro transgrediu o principio da separação dos poderes.

“No momento em que o presidente da República, qualquer que seja, descumpre essa regra, transgride o princípio da separação de Poderes, ele minimiza perigosamente a importância que é fundamental da Constituição da República e degrada a autoridade do parlamento brasileiro”, ressaltou o ministro.

“Ninguém, absolutamente ninguém, está acima da Constituição. […] O respeito à Constituição é a evidência, é a demonstração do grau de civilidade de um povo”, completou o magistrado.

Sobre o voto que dará no processo que acusa o então juiz Sérgio Moro de ser parcial no julgamento do ex-presidente Lula, Celso de Mello disse que ainda está “em processo de reflexão” sobre sua decisão.

Em relação à situação atual da democracia brasileira, o ministro declarou que confia “que o regime democrático vai ser preservado em plenitude” ao menos enquanto o STF tiver independência em sua decisões. “Bolsonaro transgride separação de Poderes, diz Celso de Mello”. É o que sublinha a manchete do Estadão.

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